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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Plano de demissão deve economizar até R$ 1 bi por ano, diz Correios

De acordo com o presidente, o plano deve custar até R$ 2 bilhões para a empresa que pretende pagar salários por 10 anos para quem aderir

© DR
O presidente dos Correios, Guilherme Campos, anunciou nesta quinta-feira (10) que até dezembro deverá iniciar um plano de demissão em que espera ter a adesão de 8.000 trabalhadores da estatal.

Segundo Campos, a economia com os cortes será de entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão por ano com a folha salarial, que representa dois terços dos custos.
A economia na folha ainda seria insuficiente para acabar com o prejuízo e, segundo ele, serão necessários outros cortes, principalmente em comissões pagas a quem trabalha em cargos administrativos.
De acordo com o presidente, o plano deve custar até R$ 2 bilhões para a empresa que pretende pagar salários por 10 anos para quem aderir, considerando a média salarial do servidor e o tempo de serviço na empresa. A adesão deverá ocorrer até abril de 2017.
Ele afirma que a empresa está em situação grave, com prejuízo acumulado por dois anos e previsão de novo deficit em 2016 de R$ 2 bilhões para uma receita estimada em R$ 20 bilhões.
Além disso, está perdendo mercado no mercado de encomendas, sua principal receita. Por isso, o plano, que ele chamou de "bom" para os funcionários, precisa ser executado para evitar "medidas mais graves", como a demissão direta.
"Hoje não dependemos dos nossos controladores e somos uma estatal dependente. Sem isso, vamos ser uma estatal dependente o que muda completamente", afirmou Campos.
Os Correios têm hoje 117 mil funcionários. Os elegíveis para aderir ao plano, funcionários com mais de 55 anos e com tempo para aposentadoria, são em geral da área administrativa, onde a estatal quer fazer a maior parte dos seus cortes.
Também está em negociação, com 36 sindicatos e duas federações de trabalhadores, a redução dos custos com o plano de saúde dos servidores que foi de R$ 1,6 bilhão ao ano.
"O controlador paga 93% dos custos. Temos mais de 400 mil vidas no plano. É uma trajetória insustentável", afirmou Campos.
CENÁRIO
Campos afirmou que a empresa precisa se preparar para um novo cenário em que a parte que tem como monopólio, a entrega de cartas, vai cada vez mais diminuir; e vai crescer a área em que ela tem que concorrer: o serviço de entrega de encomendas.
Para evitar a perda de mais clientes no setor de cartas, Campos afirmou que a empresa analisa se vai ou não aumentar as tarifas do setor que estavam defasadas em relação à inflação pela falta de correção nos governos anteriores.
Nas encomendas, os Correios perderam mercado nos últimos anos, reduzindo sua participação no setor de mais de 50% para menos de 40%. Segundo ele, a empresa tem a marca de referência, o Sedex.
O presidente também afirmou que estão em fase final de solução para a contratação do serviço de aviação para a empresa, que foi contestado pelo Tribunal de Contas recentemente. Além disso, a empresa lançará ainda este ano um serviço de telefonia com a venda de chips para celulares.
O presidente afirmou ainda que o leilão para encontrar um banco parceiro para o chamado Banco Postal, que se encerra nesta sexta-feira (11), seja bem sucedido, mesmo com alguns grandes bancos do país afirmando que não vão fazer proposta.
"Quem desdenha quer comprar", disse Campos. Com informações da Folhapress.

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