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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Cientistas descobrem segredos do núcleo da Terra

"As sondas Swarm, lançadas pela ESA, possibilitam fazer as radiografias mais precisas do núcleo da Terra", afirmou Philip Livermore, geólogo da Universidade de Leeds

© Divulgação
Os satélites possibilitaram aos geólogos a observação de partes do centro da Terra, mais precisamente dos "fluxos reativos" de metal fundido que circulam em alta velocidade debaixo do Polo Norte do planeta, diz-se em artigo publicado na revista Nature Geoscience.

"As sondas Swarm, lançadas pela ESA, possibilitam fazer as radiografias mais precisas do núcleo da Terra. Além de termos visto esse fluxo pela primeira vez, fomos capazes de entender por que e como ele surgiu. Ele representa uma faixa peculiar de ferro líquido, que está acelerando permanentemente o seu movimento cíclico ao redor do Polo do Norte, que é muito parecido com comportamento do fluxo de jato na atmosfera", afirmou Philip Livermore, geólogo da Universidade de Leeds (Grã Britânia).
O núcleo do nosso planeta, como acreditam os cientistas hoje em dia, é composto por dois ou até três camadas — o núcleo de metal sólido no centro e duas camadas de ferro e níquel líquidos que o cercam. O "líquido" metálico está em constante movimento, como a água fervente de uma chaleira, e esse movimento produz um campo magnético, que protege a vida na Terra de raios do espaço, erupções solares e outros fenômenos cósmicos perigosos.
A questão é: como esse movimento é realizado? Checar o núcleo do nosso planeta com ajuda de instrumentos sísmicos sempre foi uma tarefa impossível. Sendo assim, para desvendar os segredos das profundezas da Terra, cientistas se apagaram a modelos matemáticos e testes de laboratórios de reprodução das condições no núcleo usando impressoras e bigornas supereficientes.
O jogo mudou em novembro de 2013, quando a agência espacial europeia lançou a partir do cosmódromo russo de Plesetsk sondas para missão de Swarm, cujo objetivo era examinar o campo magnético da Terra e as suas mudanças.
Ao examinar os dados recolhidos pelas três sondas de Swarm durante os últimos anos, Livermore e seus colegas notaram algo extraordinário — o campo magnético da Terra muda rapidamente na zona do Polo do Norte, desenhando "flor de camomila" a partir de zonas alternadas de campos magnéticos muito fortes e muito fracos em uma região próxima ao Polo Norte. A tensão do campo magnético nas pétalas, segundo descobriram os cientistas, aumenta a cada ano sua força para um valor correspondente a metade da força "total" do campo magnético do planeta.
De acordo com os cientistas, o surgimento da "flor de camomila" está relacionado ao fluxo muito forte e rápido de metal fundido nas altas camadas do núcleo, que está movendo três vezes mais rápido do que rochas, que estão próximas a ele, e milhares de vezes mais rápido do que se encontram ou se separam os continentes e placas tectônicas.
Esse fluxo de lava incomum, como opinam os geólogos, surge em resultado de que a matéria líquida do núcleo no ponto onde existe, literalmente é "espremida" pelas duas camadas que o cercam por isso a fundição de ferro está se movendo a uma grande velocidade, acelerando seu movimento. Agora o fluxo está se movendo para o oeste, mas no futuro, segundo supõem os cientistas, ele mudará sua direção para o leste do planeta Terra.
Esses "fluxos reativos", como mostram os cálculos dos geólogos, devem influenciar na diminuição de velocidade de rotação da Terra e em muitos outros processos, sendo assim, a continuação de estudo nessa área permitirá revelar mistérios sobre o nosso futuro. Com informações do Sputnik Brasil.

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