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sábado, 17 de dezembro de 2016

Dilma chama Temer de ‘traidor’ e ‘ilegítimo’, e defende novas eleições

Ex-presidente concedeu uma entrevista ao canal de televisão Al Jazeera, do Catar

© REPRODUÇÃO / AL JAZEERA
A ex-presidente Dilma Rousseff foi entrevistada pelo programa “UpFront”, da rede de televisão Al Jazeera, do Catar. A entrevista, conduzida pelo jornalista Mehdi Hasan, aconteceu no Rio de Janeiro e foi ao ar nesta sexta-feira (16).

A conversa foi baseada no processo de impeachment de Dilma, que respondeu de maneira firme às perguntas contundentes do jornalista de nacionalidade britânica. “Ficou cada vez mais claro que o que me tirou do governo foi um golpe de estado”, afirmou a petista, que prosseguiu.

© REPRODUÇÃO / AL JAZEERA
“Os objetivos desse golpe de estado eram dois. Primeiro: impedir que as investigações sobre corrupção chegassem até esses que hoje ocupam o poder. Segundo: implantar no Brasil o resto do processo de liberalização econômica de políticas de privatização, de flexibilização do mercado de trabalho. E sobretudo, retirar completamente os pobres do orçamento do Brasil”.
TEMER E ELEIÇÕES DIRETAS
Na entrevista, Dilma Rousseff atacou o agora presidente Michel Temer e disse que, para ela, ele é “ilegítimo” no cargo.
Ele (Temer) obviamente é um presidente ilegítimo do Brasil porque o processo que o levou ao governo é um processo baseado em rasgar a Constituição Brasileira”, disse a ex-presidente, que colocou o Senado como aliado de Temer.
Dilma também chama Temer de “traidor”, ressaltando que eles (chapa) foram eleitos defendendo um programa de governo que não incluía a PEC do Teto, que congela os gastos públicos, incluindo investimentos em saúde e educação, durante 20 anos.
“Eu jamais esperei que ele (Temer) fosse um traidor. E ele é um traidor. Ele não me traiu como a pessoa Dilma Rousseff, ele traiu o presidente da República, traiu uma instituição. Além disso, ele traiu uma campanha ... porque fomos eleitos com um programa, e este programa não previa que congelaria os gastos com educação e saúde nos próximos 20 anos", afirmou a petista, referindo-se às medidas extremas de aprovadas pelo governo de Temer.
“Tem que se eleger um novo presidente da República para que esse golpe seja, de fato, barrado”, completou Dilma.
CRISE ECONÔMICA
Sobre a relação do governo do PT com a crise econômica, Dilma se defendeu das acusações. “A teoria é que eu produzi a crise econômica com uma gastança. E é mentira”.
PEDALADAS
Perguntada se quebrara alguma regra diante das acusações de “pedaladas fiscais", a ex-presidente foi firme.
De jeito nenhum. Esse é um impeachment fraudulento. Fizeram isso porque não tinha como falar que eu tinha dinheiro no exterior, que eu recebia algum tipo de propina ou que eu tinha tido algum outro tipo de malfeito”.
Além disso, ela acusou a grande imprensa brasileira de ter influenciado no processo de impeachment.
“Cinco famílias no Brasil controlam a mídia. O viés da mídia é absoluto contra mim, contra o PT e contra o fato de que tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza e o país do mapa da fome”, afirmou.

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