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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Robótica no Brasil ainda é conversa de futuro

Centros de pesquisa brasileiros ainda têm muito o que desenvolver, principalmente na área de entretenimento

© DR
Escovas inteligentes que "escutam" os fios de cabelos se partirem com uma escovação inadequada, lixeiras que emitem lista de compras à medida em que são cheias e robôs que se emocionam ao receberem carinho são algumas das atrações da Consumer Eletronics Show (CES), que acontece pelo 50º ano em Las Vegas (EUA).

A concepção dessas bugingangas que encantam o público já existe no Brasil, mas os centros de pesquisa brasileiros ainda têm muito o que desenvolver, principalmente na área de entretenimento.
Paulo Miyagi, professor de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli), diz que no Brasil a realidade ainda é um tanto diferente da existente no exterior. Aqui, há robôs para aplicação industrial e outras funções específicas, como serviços e muito pouco de entretenimento.
Segundo o professor, na área industrial, os destaques entre os fabricantes são os do Japão, Alemanha e Estados Unidos, quer na soldagem industrial, quer na na montagem de máquinas e carros. O Brasil é um usuário, as montadoras brasileiras compram esses robôs e eventualmente desenvolvem algumas aplicações específicas. 
"No Brasil há robôs específicos para a exploração de petróleo, manutenção de refinarias, como no caso da Petrobras. A Embraer também investe na área para aprimorar o processo de fabricação de aeronaves. A Vale é outra empresa que também usa muito sistemas mecatrônicos nos setores de transporte e treinamento de pessoal. Há grandes centros de pesquisa, não só na USP como também na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e em outros grandes grupos."
Miyagi afirma que na área de serviços, as pesquisas são relativamente novas, mesmo no exterior. "Há cases famosos como os do aspirador de pó que trabalha sozinho, bichinhos-robôs que interagem com crianças pacientes em hospitais. Esse é um nicho que tende a crescer nos próximos anos. O primeiro cachorrinho que a Sony fez custava US$ 4 mil na primeira versão, quando caiu para US$ 2 mil ainda era interessante, mas ainda um pouquinho caro. Os robôs que estão se usando no Japão para brincar como se fossem pet já caíram para perto de US$ 200", diz o professor da Poli. 
O primeiro impedimento, segundo o especialista, é o custo: se o fabricante conseguir atingir um valor mais baixo, isso aumenta o mercado. No caso do Brasil isso é primordial, diz Miyagi, porque a renda do brasileiro é baixa e a população como um todo quer soluções mais baratas.
"Em automação bancária, no entanto, o Brasil foi um dos líderes no lançamento desses sistemas. Estados Unidos e Japão até dispunham de soluções parecidas, mas eles não tinham tanto problemas de segurança quanto no Brasil. No reconhecimento digital, por exemplo, o Brasil acabou evoluindo muito mais rápido do que os EUA."
Para Miyagi, os lançamentos, às vezes, não têm uma resposta tão positiva por parte do público como esperado pelos fabricantes, apesar das publicidades milionárias. Apple e Samsung, por exemplo, lançaram relógios digitais com diversas funções, mas que não foram sucesso de vendas. O mesmo ocorreu com o óculos 3D da Google Glass. (Sputnik)

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