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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Após retaliação, senador aliado diz que governo faz balcão de negócios

Senador Hélio José (PMDB-DF) criticou a demissão de dois de seus indicados no DOU (Diário Oficial da União)

© Moreira Mariz/Agência Senado
Um dia após ver sua reforma trabalhista derrotada por 10 votos a 9 na CAS (Comissão de Assuntos Sociais), o governo retaliou nesta quarta-feira (21) ao menos um dos senadores aliados que votaram contra o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES).


Chamando o governo Michel Temer de "corrupto" e acusando do Palácio do Planalto de fazer um "balcão de negócios" em uma "retaliação terrível", o senador Hélio José (PMDB-DF) criticou a demissão de dois de seus indicados no DOU (Diário Oficial da União).
Foram publicadas nesta quarta (21) a exoneração de Vicente Ferreira do cargo de diretor de planejamento e avaliação da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) e de Francisco Nilo Gonsalves Júnior, que era superintendente da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) no Distrito Federal.Em agosto do ano passado, foi divulgado um áudio em que Hélio José defende a indicação de seu ex-assessor para o cargo na SPU, afirmando que nomeava "a melancia que quiser" para o posto e que quem não "estiver com ele" pode "cair fora".
"Isso aqui é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser, a melancia que eu quiser aqui, eu vou colocar", disse o senador em um trecho da gravação divulgada em 2016.Nesta quarta (21), ele criticou o posicionamento do governo.
"É inadmissível que um governo mergulhado neste emaranhado de corrupção tome este tipo de atitude, de retaliação a quem quer fazer as coisas de forma correta. Não podemos concordar isso", afirmou Hélio José nesta manhã.
O parlamentar, que ajudou a derrotar a reforma trabalhista na comissão, disse acreditar que o governo "está para o que der e vier" e que não é "correto" para comandar o Brasil.
"Acho que os caras enlouqueceram. Pegar um senador da República e retaliar duas indicaçõezinhas de governo por causa de uma votação porque votou com sua consciência. Isso é justo? Não é justo. Não é um governo correto para um país do tamanho do nosso", afirmou, mesmo relutando em se dizer oposição oficial a Michel Temer.
Hélio José disse ter se sentido ameaçado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e admitiu ter sido influenciado pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), um dos principais críticos das reformas defendidas pelo governo.
"O senador Renan tem uma posição que é claro que influencia todos nós também", afirmou.
Em reserva, correligionários de Michel Temer no Senado fizeram coro ao presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e culparam o próprio governo pela derrota de ontem.
Criticaram o peemedebista por, em plena semana de votação, ter levado com ele para a Europa o articulador político do Palácio do Planalto, ministro Antonio Imbassahy, e o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC).
Na terça-feira (20), ministros de Temer atribuíram o revés ao PSDB. O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) chegou a se dizer surpreso com o voto do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), contrário à reforma.
Além de Hélio José e Eduardo Amorim, outro aliado, o senador Otto Alencar (PSD-BA), também votou contra o texto defendido pelo governo. O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que também integra a base aliada, faltou à sessão de terça-feira (20)
Via...Notícias ao Minuto

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