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sábado, 15 de julho de 2017

Marcelo Melo vence Wimbledon e encerra jejum de 51 anos

Maria Esther Bueno foi a última tenista nacional a vencer Wimbledon, em 1966, justamente na chave de duplas

© Reuters
Marcelo Melo realizou neste sábado o sonho de conquistar Wimbledon. O novo número 1 do mundo e o polonês Lukasz Kubot levantaram o troféu das duplas masculinas do mais tradicional torneio de tênis do mundo ao vencerem na final o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic por 3 sets a 2, com parciais de 5/7, 7/5, 7/6 (7/2), 3/6 e 13/11, numa batalha de 4h39min.

Com a conquista, Melo encerrou um jejum de 51 anos sem títulos do Brasil na grama de Londres. Maria Esther Bueno foi a última tenista nacional a vencer Wimbledon, em 1966, justamente na chave de duplas. Desde então, os brasileiros só brilharam nas chaves juvenis.
Trata-se do segundo título de Grand Slam de Melo, que foi campeão de Roland Garros em 2015. Em 2013, chegou à final em Londres, porém ficou com o vice-campeonato. É a segunda conquista também para Kubot, que venceu o Aberto da Austrália de 2014.
Neste sábado, os dois fizeram mais uma grande exibição, como fizeram desde o início do torneio. Kubot brilhou nas devoluções enquanto Melo mostrou força no saque. Foram 17 aces da dupla e 33 bolas vencedoras no total, contra 16 saques perfeitos e 32 bolas vencedoras dos rivais, o que comprova o equilíbrio do duelo.
COROAÇÃO - O sonhado troféu coroa a grande campanha de Melo em Wimbledon. Embalado por vitórias nos torneios preparatórios, o brasileiro e o polonês venceram quatro dos seis jogos em Londres em batalhas de cinco sets. A grande fase, desde o início do ano, garantiu a Melo o retorno ao topo do ranking já ao vencer o duelo na semifinal - foi número 1 pela primeira vez em 2015.
Com seu 27º título da carreira, e o 5º no ano, Melo confirma a aposta de mudar de parceiro no fim do ano passado. Após finalizar a dupla com o croata Ivan Dodig, com quem foi campeão em Paris, o mineiro apostou na regularidade de Kubot, que já era Top 10 e campeão no Aberto da Austrália.
A parceria precisou de seis torneios para engrenar. Eles sofreram derrotas em estreias e foram eliminados na segunda rodada do Rio Open, em fevereiro, para decepção da torcida. Melo deu declarações que sugeriam insatisfação com o novo parceiro, o que logo ele desmentiu.
Mas, a partir do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos, a dupla emplacou uma sequência de três finais, com dois títulos. Decepcionaram em Roland Garros, porém reagiram na grama. Venceram os dois torneios preparatórios que disputaram e chegaram em alto nível em Wimbledon. Na liderança do ranking de duplas desde maio, confirmaram agora a condição de melhores do mundo da atualidade.
O JOGO - Melo/Kubot e Marach/Pavic fizeram um duelo de alto nível no set inicial diante do teto da quadra central aberto, sem chuva - a final de simples feminina teve cobertura fechada, mais cedo. Com bons saques, as duplas fechavam seus games com tranquilidade e as trocas de bola eram poucas. As chances de quebra escassearam até o 11º game, quando o austríaco e o croata tiveram o primeiro break point do jogo. Eficientes, aproveitaram a chance, quebraram o saque da dupla do brasileiro e encaminharam a parcial.
Em desvantagem, Melo e Kubot cresceram em quadra no segundo set. Ligeiramente superiores na parcial, eles obtiveram a única quebra do set no 12º game. A quebra, o game e o set vieram com um lindo lob de Kubot, no fundo da quadra.
O terceiro set foi um dos mais equilibrados do confronto. Exibindo força nos saques, as duas duplas confirmaram seus games de serviço com facilidade, sem ceder qualquer chance de quebra aos rivais. No tie-break, Melo e Kubot foram melhores e viraram o placar da partida.
Na sequência, protagonizaram o set mais instável, com três quebras de saque. Marach e Pavic saíram na frente. Mas brasileiro e polonês logo devolveram a quebra. Os rivais, porém, voltaram a se impor no serviço da parceria do brasileiro e levaram o set, empatando novamente o jogo.
A quinta e decisiva parcial, sem tie-break, se alongou até o 24º game. O equilíbrio se sustentou no jogo apesar de eventuais vaciladas de cada dupla que geraram sete break points. Melo e Kubot tiveram chance preciosa para fechar o jogo no 12º game, com dois match points salvos pelos rivais.
Em outro momento tenso do set, a dupla do brasileiro teve 0/40, com três chances de quebra. Mas Kubot, no saque, evitou a quebra. O confronto seguiu parelho até o placar ficar em 11/11, quando a arbitragem decidiu interromper o duelo por 10 minutos para fechar o teto, por falta de iluminação natural.
A retomada da partida contou com apenas dois games. Melo sacou e confirmou seu game. E, na sequência, aproveitou a vacilada dos rivais, que cederam 0/40. Brasileiro e polonês precisaram de apenas um dos três match points para confirmar a grande conquista.
Via...Notícias ao Minuto

Um comentário:

  1. O texto está bom e informa bem quanto aos aspectos do jogo, mas poderia estar melhor se não pecasse pela mania de situar o brasileiro como protagonista e seu parceiro como mero detalhe na conquista da DUPLA. Ambos jogaram bem e se complementaram virtuosamente. Não custa nada fazer um jornalismo mais isento como forma de respeitar o leitor inteligente. Edson Francisco de Oliveira, desculpe-me se fui muito crítico. Autor e leitor também formam uma dupla, não é?

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