Em fevereiro, quando as autoridades fixaram o cronograma da votação, o mandatário havia solicitado o envio de uma missão de observação internacional ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A iniciativa constava de um acordo das fracassadas negociações de Maduro com a frente opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD). A coalizão não o assinou por não assegurar a participação na eleição e a lisura do processo.
Na ocasião, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que a proposta deveria ser submetida ao Conselho de Segurança ou à Assembleia-Geral, mas a delegação venezuelana não fez nenhuma solicitação aos órgãos.
Na semana passada, o regime e o candidato opositor Henri Falcón, único da MUD que decidiu concorrer, viajaram a Nova York para negociar o envio da missão de observação, mas não receberam resposta da organização.
A ditadura ainda não comentou a carta. À Associated Press, membros da campanha de Falcón disseram que, com a recusa da ONU, a situação da eleição mudou, mas não confirmou se ele cumprirá a promessa de deixar a disputa.
Nos últimos meses, Maduro endureceu as críticas a órgãos da ONU, como os altos comissariados para refugiados e direitos humanos, pelas críticas ao regime e negou a entrada de missões dos dois.
Mesmo se a ONU decidisse votar, a probabilidade de a missão eleitoral ser aprovada era reduzida. No Conselho de Segurança, ela estaria sujeita ao veto dos EUA, críticos do regime, e da Rússia e da China, aliados do ditador. Com informações da Folhapress
Via...Notícias ao Minuto
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